ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS NA PELE DO IDOSO

08/11/2011 07:05

ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS NA PELE DO IDOSO

                O aumento da longevidade em todo o mundo está influenciando de forma dramática os cuidados médicos, uma vez que mais indivíduos desenvolvem ou sobrevivem com várias condições clínicas.

            As alterações associadas à idade na saúde e na doença são resultado de: variações nas alterações fisiológicas latentes que ocorrem com a idade; presença de outras doenças e condições clínicas que se desenvolveram com o decorrer do tempo; predisposições genéticas para certas doenças; fatores de estilo de vida, inclusive o comportamento na procura de cuidados de saúde, dieta, exercícios e exposições a medicamentos e toxinas; e variabilidade intrínseca a doenças e condições clínicas em gera. Dessa forma todos os órgãos e tecidos do corpo são afetados pelo processo do envelhecimento, inclusive a pele.  

            Dentre essas alterações, uma das mais precoces é o adelgaçamento dos tecidos subcutâneos, que começa na maioria das pessoas, nos meados da faixa dos 40 anos, independente do grau de exposição solar ou proteção de dano. A epiderme e a derme aderem menos firmemente, fazendo com que a pele se torne mais frouxa e aumentando sua tendência a formar bolhas e de ser sujeita a queimaduras por fricção ou elceração por pressão. Esse fenômeno também produz a púrpura senil (figura 01), que resulta de lacerações em pequenas vênulas quando a pele sofre um traumatismo ou é friccionada.

            As exposições ambientais: luz solar ultravioleta, vento e fumo ajudam a promover o desenvolvimento de rugas por meio dos danos aos tecidos subcutâneos e à epiderme, em especial às fibras de elastina. O processo de fotodanificação leva a um reparo lento, especialmente dos tecidos do antebraço e perna distais. A exposição à luz ultravioleta também predispõe ao desenvolvimento de câncer da pele, sendo mais comum o câncer de células basais, mas o câncer de células escamosas e melanoma também são dependentes da idade. Aproximadamente dois terços dos indivíduos idosos apresentam pelo menos um problema cutâneo e cerca de 40 % têm dois distúrbios cutâneos latentes.

            A consequencia mais profunda da exposição ambiental e alterações relacionadas à idade é que os índices de cicatrização são significativamente prolongados. Nos indivíduos com mais de 65 anos de idade, a cicatrização leva 50% mais tempo em comparação aos indivíduos na faixa dos 30 anos. A cicatrização cutânea completa ´pde levar 5,5 semanas em vez de 3,5 semanas.

            Os indices de regeneração de células epiteliais diminuem de 50% a partir da maturidade aé a idade de 70 anos. Um padrão semelhante é observado no cabelo que cresce mais devagar. Com a prgressão da idade, o embranquecimento é variável mas universal, pois o número de melanócitos dentro dos bulbos capilares declina com a idade. As alterações no tamanho e formato das células cutâneas causam um padrão irregular e podem predispor a rachaduras induzidas por água ou pelo ambiente. As síndromes cutâneas do envelhecimento também incluem xerose, alterações termorregulatórias, adelgaçamento da pele e perda capilar. A terapia primária para a xerose é a aplicação externa de tratamentos que protegem e umidificam a pele.

            Assim, o conhecimento das alterações fisiologicas do envelhecimento como um todo é de fundamental importância para a população em geral e para os profissionais da área médica, pois permite dingtinguir o que é benigno do que é patológico, assim como ajuda a previnir condições que tenham potencial para causar lesões mais graves.

 

Por Raquel Lins Segunda

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